quinta-feira, 7 de março de 2013

Venezuela para em funeral


Clima de comoção tomou conta da capital venezuelana; enterro será na sexta-feira
Publicado no Super Notícia em 07/03/2013
Avalie esta notícia » 
2
4
6
8



O cortejo fúnebre do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu de câncer anteontem, aos 58 anos, tomou as ruas da capital do país, Caracas. Houve comoção da população.

O caixão com o corpo do presidente, coberto com a bandeira venezuelana, deixou o hospital militar em Caracas rodeado de parentes, autoridades do governo e milhares de seguidores emocionados. Muitos chegaram a se desesperar.

Após uma breve oração, o caixão foi colocado em um carro fúnebre, protegido por membros da Guarda Nacional e iniciou uma lenta marcha pelas ruas.

Milhares de partidários, muitos, vestidos com camisas vermelhas, a cor do chavismo, acompanhavam o cortejo, decorado com vários ramos de flores brancas e amarelas. Outras centenas de moradores prestaram homenagens das varandas dos edifícios.

O hino venezuelano voltou a tocar novamente, desta vez, com a voz de Chávez gravada e entoada por todos os presentes.

O governo determinou sete dias de luto oficial. Os meios de transporte não vão cobrar passagem até sábado, segundo a TV estatal da Venezuela.

O corpo de Hugo Chávez será velado no saguão da Academia Militar de Caracas até sexta-feira, quando ocorre o enterro.

Pelo menos sete países latino-americanos decretaram luto oficial, entre eles, Brasil, Argentina, Chile e Cuba.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o do Uruguai, José Mujica, foram os primeiros a chegar à capital venezuelana. Evo Morales, presidente da Bolívia, também já está no país. Já a presidente Dilma Rousseff viaja hoje para o funeral de Chávez.
Nova eleição deve ser em 30 dias
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, disse que o país vai convocar eleições dentro de 30 dias. O vice-presidente, Nicolás Maduro, vai permanecer interinamente no poder, segundo ele. "Essa é a ordem que nos deu o comandante presidente Hugo Chávez", acrescentou.

Mas a declaração gerou dúvidas sobre se isso significa que a eleição seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se seria convocada nesse período.

A Constituição da Venezuela prevê que, no caso de morte (falta absoluta) do presidente, o governo seja assumido pelo presidente da Assembleia, o também governista Diosdado Cabello, mas há outras interpretações. Aguarda-se que o Tribunal Supremo de Justiça, principal Corte venezuelana, se pronuncie sobre a questão. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário