terça-feira, 9 de outubro de 2012

PM apresenta medidas velhas para frear onda de assaltos


Além disso, polícia joga para população responsabilidade por proteção
Publicado no Super Notícia em 09/10/2012
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KARINA ALVES
FOTO: LEO FONTES
Um dia após a morte da atriz Cecília Bizzotto Pinto, 33, assassinada por um assaltante com um tiro no peito, dentro de casa, no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a Polícia Militar anunciou ações para tentar frear o crescimento do número de assaltos a residências (veja abaixo). O problema, segundo especialistas em segurança pública, é que não há nenhuma medida nova e nem previsão de aumento do efetivo. Além disso, a PM estaria jogando para a população a responsabilidade de se proteger.

Uma das ações é o reforço nas blitze. Para o especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori, a PM precisa dar uma resposta mais rápida aos crimes. "A polícia precisa estar mais presente nas ruas. O que temos visto é que ela se dedica a atividades diversas, mas não tem conseguido fazer o básico".

Outras medidas são o estímulo ao programa Rede de Vizinhos Protegidos e um treinamento da população para lidar com estranhos na vizinhança e para saber a melhor maneira de instalar equipamentos particulares de segurança. "Essas são formas de dividir a responsabilidade com a população, que não são bem aceitas", diz o sociólogo do Centro Universitário Newton Paiva Carlos Augusto Magalhães.

Estatísticas. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) negou que haja uma onda de assaltos e disse que houve redução de 22% nos casos, na comparação dos nove primeiros meses de 2012 com o mesmo período do ano passado - foram 215 registros contra 276.

Mas os casos estão cada vez mais comuns. Segundo uma fonte da polícia, a região Centro-Sul registra uma média de dois assaltos por dia - a PM nega. No dia em que Cecília foi morta, uma família no Belvedere foi feita refém em um assalto. Na última sexta, um empresário de Santa Luzia, na região metropolitana, foi morto também durante um assalto. Em uma semana, ao menos duas casas no São Bento foram alvo de criminosos.

"Somos reféns de bandidos há tempos. Só no meu prédio, mais de 30 pessoas foram assaltadas. Não há nenhum tipo de policiamento no bairro. Saímos e retornamos para casa sempre com medo", disse Lívia Abreu, moradora do Santa Lúcia.
Irmão se ofereceu para ir ao banco
Antes de ter a irmã assassinada por assaltantes, Marcelo Bizzotto, 29, que também estava na casa com a namorada, chegou a se oferecer para entregar dinheiro aos criminosos. A informação é de uma tia de Cecília, a comerciante de obras de arte Flávia Bizzotto.

"Ele disse que iria até um caixa eletrônico e sacaria a quantia que fosse necessária. Mas os bandidos disseram que não queriam qualquer R$ 500 e insistiram em um cofre que não temos dentro da casa. É revoltante saber disso", disse a marchand.

Velório. "Aqui não tem tubarão!". O grito de guerra usado com frequência pela atriz Cecília Bizzotto para ensinar os alunos a não terem medo de nada foi usado ontem por eles para homenagear a professora de artes cênicas. Cecília foi velada e enterrada ontem, no Cemitério do Bonfim, Noroeste de Belo Horizonte, sob gritos de protesto e pedidos de justiça. Cerca de mil pessoas estiveram no local.

Segurando a foto da mãe e um bloco de anotações amarelo, o filho da atriz, Artur Bizzotto, 12, chegou ontem de Paris, na França, onde mora com o pai, e passou a maior parte do velório na companhia dos avós maternos, Jeferson Pinto e Cláudia Bizzotto, que o trouxeram do exterior. Ele emocionou familiares ao escrever mensagens de carinho no caderno, o último presente dado pela mãe, no mês passado.

O marido de Cecília não participou do enterro. Os dois eram recém-casados e ele retornaria nesta semana de uma viagem à Venezuela - até a tarde de ontem, a família não havia conseguido localizá-lo. (LS)

Clima de despedida e festa toma conta da Câmara de BH



Um dia depois da votação, vereadores derrotados lamentavam no plenário a perda da vaga, enquanto os eleitos comemoravam o resultado das urnas

Publicação: 09/10/2012 07:03 Atualização:
Reeleitos domingo, os vereadores Iran Barbosa (de barba) e Gunda (de azul) conversam com Maria Lúcia Scarpelli e Márcio Almeida, que vão deixar a Casa a partir de janeiro  ((Leandro Couri/EM/D.A Press))
Reeleitos domingo, os vereadores Iran Barbosa (de barba) e Gunda (de azul) conversam com Maria Lúcia Scarpelli e Márcio Almeida, que vão deixar a Casa a partir de janeiro
Um dia depois dos resultados nas urnas, predominou na Câmara Municipal de Belo Horizonte o clima de despedida para alguns, apesar de os vereadores eleitos no domingo só assumirem as vagas no ano que vem, e de festa para outros. Entre apertos de mão, abraços e cochichos, não foi difícil distinguir na sessão de ontem os vereadores que perderam – mais cabisbaixos e quietos – dos que venceram as eleições – sorridentes, agitados e falantes. Entre os discursos em plenário e nas conversas nos corredores, os parlamentares tentavam achar justificativas para a renovação recorde na Casa. Apenas 19 dos 41 vereadores foram reeleitos.

De ressaca da campanha, marcaram presença ontem na Casa 27 parlamentares. O segundo vereador mais votado, Arnaldo Godoy (PT), abriu os discursos. Além de agradecer aos eleitores, ele fez um balanço da campanha do PT à prefeitura. “A gente pode tirar da derrota a unificação do partido”, ressaltou. Para Godoy, os escândalos envolvendo a Câmara de Belo Horizonte, além da imagem ruim que as pessoas têm da política e dos políticos, foram os motivos que impediram a reeleição de tantos parlamentares na Casa.

A vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), que não volta ano que vem, disse ter ficado surpresa com o resultado. “Eu não esperava, pelo tanto que eu fiz, pelas lutas que enfrentei”, ressaltou. Maria Lúcia criticou os ataques que disse ter sofrido na internet. Com quatro mandatos, ela afirmou ontem que não volta a disputar uma eleição. “Estou com sentimento de dever cumprido”, ressaltou. A vereadora atuava na Câmara na área de direito do consumidor. Ela está na lista de acusados pelo Ministério Público de Minas Gerais de receber propina para aprovar em 2008 o projeto de lei que autorizava a ampliação da área de construção do Boulevard Shopping, na Região Leste.

A parlamentar, além de lamentar a derrota, destacou durante discurso a baixa representatividade feminina que a Casa terá nos próximos quatro anos. Das cinco vereadoras, apenas Elaine Matozinhos (PTB) conseguiu votos suficientes para continuar no Legislativo belo-horizontino. Presidente do PTB, Elaine observou “que é um momento de reflexão de todos os partidos estudar como encaminhar a questão da mulher na política”.

Apenas três derrotados usaram o microfone ontem. Além de Maria Lúcia, lamentaram a derrota os vereadores Geraldo Félix (PMDB) – que está no seu quinto mandato – e Sílvia Helena (PPS), que também criticou a redução da bancada feminina. Já o peemedebista justificou sua derrota com a aliança feita entre PMDB e PT. O PMDB teve a bancada reduzida de quatro para um – apenas o vereador Iran Barbosa foi reeleito. “Já era prevista a nossa derrota. Se não tivéssemos coligado com o PT, teríamos feito de três a quatro vereadores”, chorou.

Nos corredores, teve vereador que chegou a colocar a culpa da renovação na Mesa Diretora da Casa. No centro dela, está o presidente, vereador Léo Burguês (PSDB), alvo de ataques e críticas, principalmente nas redes sociais. O projeto de aumento do salário dos parlamentares também foi apontado como motivo da derrota de 22 deles. Para Léo Burguês, que venceu o pleito, “foi feita a vontade da população”. Sem clima, nada foi votado ontem no plenário.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Batida envolvendo motorista com sinais de embriaguez fere sargento da PM


Acidente aconteceu no bairro Calafate

Publicação: 07/10/2012 08:28 Atualização: 07/10/2012 14:03
 (Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Uma batida de frente no bairro Calafate deixou um sargento da Polícia Militar ferido no início da manhã deste domingo. De acordo com a PM, o médico Paulo Carvalho Sales Filho, de 26 anos, dirigia por volta de 5h30 o Honda placa HFK-9412 e perdeu o controle da direção. 

O veículo atravessou o canteiro central e atingiu, na contra mão, o Fiesta OLO-2733 conduzido pelo sargento Sebastião Evandro de Carvalho, do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Garrafa de bebida foi encontrada no carro do médico, que apresentava sinais de embriaguez (Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Garrafa de bebida foi encontrada no carro do médico, que apresentava sinais de embriaguez
Segundo os policiais, Paulo Filho estava visivelmente embriagado e teria confessado que consumiu bebidas alcoólicas em um bar. Ainda assim, ele prestou socorro à vítima, que chegou a perder a consciência e foi conduzida, pelo Samu, ao João XXIII, com um corte na perna e dores nas costas e na cabeça. 

O médico se recusou a soprar o bafômetro e será conduzido ao Detran para registro da ocorrência e também ao IML para realizar exames.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Parque das Mangabeiras deve ser reformado, e o Barreiro nada?


Expectativa é investir cerca de R$ 12 milhões nas obras da unidade
Publicado no Super Notícia em 05/10/2012
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NATÁLIA OLIVEIRA
FOTO: MARIELA GUIMARÃES
Além do Parque Municipal Américo René Giannetti, o Parque Municipal, outro patrimônio ambiental e cultural de Belo Horizonte, o parque das Mangabeiras, na região Centro-Sul da capital, deve passar por obras de requalificação. O projeto arquitetônico para a reforma já está pronto, mas ainda aguarda aprovação do Conselho Deliberativo de Patrimônio Cultural do município. A previsão é que as obras custem R$ 12 milhões.

A expectativa é reformar os banheiros, a sede administrativa, as guaritas e o restaurante. Além disso, um pavilhão localizado em frente à praça das Águas deve ser desocupado para dar lugar a exposições. Os quiosques podem ser remodelados, e existe a intenção de construir um camarim para os artistas que se apresentam na unidade de conservação. "As construções do parque são muito antigas e precisam ser reformuladas. Isso vai dar mais visibilidade e utilidade ao local", explicou o presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil Filho.

A votação do projeto arquitetônico foi adiada anteontem, porque os conselheiros entenderam que era preciso aguardar a conclusão do processo de tombamento da praça das Águas, localizada dentro do parque, antes de aprovar ou não a reforma. "O desenho da praça foi feito pelo renomado paisagista Burle Marx e já se tornou um patrimônio que não podemos permitir que seja degradado", explicou Luciana Rocha Feres, membro do conselho e diretora de patrimônio cultural do Instituto de Arquitetos do Brasil em Minas Gerais (IAB-MG).

O pedido para que a praça das Águas fosse tombada partiu do IAB-MG à diretoria do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, ligado a Fundação Municipal de Cultura, que irá concluir o tombamento até dezembro. A área da praça contempla, dentre outras atrações, um espelho d’água com fontes e carpas coloridas.

De acordo com Luciana, após o tombamento, o projeto arquitetônico será colocado em pauta novamente para votação pelo conselho e poderá sofrer algumas alterações, já que as intervenções feitas na praça das Águas não poderão interferir no trabalho de Burle Marx. Uma das propostas era modificar os telhados de várias construções, como o da lanchonete, para preencher alguns vãos existentes. Com o tombamento, essa alteração não poderá ser feita por ser considerada agressiva ao desenho projetado pelo renomado paisagista.

O presidente da fundação explicou que a praça das Águas é um dos pontos que mais atrai os visitantes do parque, por isso, embora a reforma seja necessária, também é preciso, segundo ele, manter suas características atuais. A fundação também terá que fazer um plano diretor do parque para explicar onde, como e porque será feita cada uma das intervenções.

Recurso. O projeto arquitetônico foi custeado por uma empresa como medida compensatória por ter degradado o meio ambiente. Ontem, a reportagem de O TEMPO não conseguiu conversar com o arquiteto responsável pelo projeto.

A execução das obras ficarão por conta do poder público. O presidente da Fundação de Parques Municipais, Homero Brasil Filho, explicou que ainda não sabe como irá angariar os recursos para arcar com o custo total da obra, que é estimado em R$ 12 milhões. "Vamos tentar com o governo federal e também junto ao município", explicou.
Reforma na unidade é aprovada
Para especialistas, a requalificação do parque das Mangabeiras é importante para atender melhor a população. "O parque é um local que promove a interação social e cultural dos moradores de Belo Horizonte e também de turistas que visitam a cidade", explicou o sociólogo José Gomes.

A arquiteta Beatriz Alvarenga concordou que as obras são necessárias, mas só devem começar após o tombamento da praça das Águas. "É muito importante não degradar um local que já é considerado patrimônio da cidade, porque senão perde-se a história", disse a arquiteta. (NO)
Fonte do Blog: Onde ficamos com estas obras a pouco tempo teve a reforma do parque das mangabeiras, agora outra, e nos moradores do barreiro que temos uma mata no serra do rola moça e o parque das aguas que hoje esta administrado por uma petista, esta deixando tudo acabar. Vamos nos unir com os projetos de um candidato que quer melhorias para o Barreiro, nossa casa.   Vejam os projetos do cabo Flavio do Samu 10192, onde tem o projeto para transformar o parque do rola moça em um parque de visitação e com pistas de caminhada ecológicas, MOSTRARA PARA AS ESCOLAS AS NASCENTES QUE TEM DO RIO ARRUDAS,  transformar o parque das águas em um local de cursos de profissionalização, com plantio de arvores frutíferas e academias de ginastica publica, vamos valorizar quem é do Barreiro e sabe bem onde podemos ter melhorias um homem a serviço do povo. 

Professor do ensino fundamental é um dos mais mal pagos da categoria



04/10/2012 10h14
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DA REDAÇÃO
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Professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários de sua categoria em todo o mundo e recebem uma renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. É o que mostram levantamentos realizados por economistas, por agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Prestes a comemorar o Dia Internacional do Professor, na sexta-feira (05), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou um alerta, apontando que a profissão em vários países emergentes está sob “forte ameaça” diante dos salários baixos.

Em um estudo realizado pelo banco UBS em 2011, economistas constataram que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano. O valor é apenas 10% do que ganha um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio dessa categoria em Zurique seria de US$ 104,6 mil por ano.

Em uma lista de 73 cidades, apenas 17 registraram salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. Em praticamente toda a Europa, nos Estados Unidos e no Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor do ensino fundamental em São Paulo.

Guy Ryder, o novo diretor-geral da OIT, emitiu um comunicado na quarta-feira (03) no qual apela para que governos adotem estratégias para motivar pessoas a se tornarem professores. Sua avaliação é de que, com salários baixos, a profissão não atrai gente qualificada. O resultado é a manutenção de sistemas de educação de baixo nível. “Muitos não consideram dar aulas como uma profissão com atrativos”, disse. Para Ryder, a educação deve ser vista por governos como “um dos pilares do crescimento econômico”.

Outro estudo - liderado pela própria OIT e pela Unesco (órgão da ONU para educação, ciência e cultura) e realizado com base em dados do final da década passada - revelou que professores que começam a carreira no Brasil têm salários bem abaixo de uma lista de 38 países, da qual apenas Peru e Indonésia pagam menos. O salário anual médio de um professor em início de carreira no País chegava a apenas US$ 4,8 mil. Na Alemanha, esse valor era de US$ 30 mil por ano.

Em um terceiro levantamento, a OCDE apontou que salários de 2009 no grupo de países ricos tinham uma média de US$ 39 mil por ano no caso de professores do ensino fundamental com 15 anos de experiência. O Brasil foi um dos poucos a não fornecer os dados para o estudo da OCDE.

Médio

Em uma comparação com a renda média nacional, os salários dos professores do ensino fundamental também estão abaixo da média do País. De acordo com o Banco Mundial, o PIB per capita nacional chegou em 2011 a US$ 11,6 mil por ano. O valor é US$ 1 mil a mais que a renda de um professor, segundo os dados do UBS. Já a OCDE ressalta que professores do ensino fundamental em países desenvolvidos recebem por ano uma renda 17% superior ao salário médio de seus países, como forma de incentivar a profissão.

Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou recentemente a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21.

Operação desarticula esquema de roubo e desmanche de veículos



04/10/2012 16h07
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GABRIELA SALES
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FOTO: MARIELA GUIMARÃES/ O TEMPO
Suspeitos utilizavam um galpão para clonagem e desmanche de veículos
Uma operação realizada pela Polícia Civil contra roubo e desmanche de carros terminou com um homem preso na manhã desta quinta-feira (04) na Via do Minério, região do Barreiro.
Segundo o responsável pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Marcos Vignolo Alves, os criminosos utilizavam um galpão para clonagem e desmanche de veículos. “No local encontramos um Toyota Corolla todo depenado. O carro estava apenas com as portas e o chassi”.
De acordo com o delegado, o veículo havia sido roubado há um mês no bairro Belvedere, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na época, o proprietário do veículo foi vítima de sequestro relâmpago e foi abandonado em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.
No local também foi apreendido um Golf e um Uno que estavam com placas clonadas. Para a polícia, o suspeito disse que apenas teria guardado os veículos para um conhecido e que não sabida da origem dos carros.
O suspeito ainda possui um mandado de prisão em aberto por atraso em pagamento de pensão alimentícia.
O homem foi preso em flagrante e será encaminhado para Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão.
A polícia acredita que outras pessoas estejam envolvidas com roubo e desmanche de carros.

Mais de 100 motoristas têm recurso negado e devem entregar carteiras de habilitação



04/10/2012 18h43
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DA REDAÇÃO
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Cento e dezesseis condutores infratores tiveram recurso negado pela Junta Administrativa de Recursos e Infrações (JARI) do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran/MG). Com isso, ele podem entregar as habilitações ou, ainda, no prazo de 30 dias, apresentarem recurso em segunda e última instância ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Por meio da Coordenação de Infrações e Controle do Condutor (CICC) eles foram convocados para comparecem nesta sexta-feira (5), entre às 9h e 17h, na sede do órgão, para tomarem conhecimento do indeferimento do recurso de processo administrativo julgados.
Para aqueles que optarem pela entrega do documento, a penalidade imposta, que é a suspensão do direito de dirigir, começa a ser cumprida imediatamente. A penalidade varia de um mês a um ano e, em caso de reincidência, de seis meses a dois anos. Já a penalidade para os casos de embriaguez é de, no mínimo, 365 dias de suspensão. Após o cumprimento da penalidade e para reaver a habilitação, o condutor deverá fazer curso com duração de 30 horas/aula em um centro de formação de condutores e prova específica no Órgão Executivo de Trânsito.

A coordenadora da CICC, delegada Inês Borges Junqueira, atenderá a imprensa, a partir das 10h, na rua Bernardo Guimarães, no bairro Funcionários, para dar mais detalhes do caso.
 

Trombadas na rua levam três pessoas por dia ao HPS de BH.


Acredite: em média três pessoas são atendidas por dia no HPS por toparem contra outras, em objetos e até animais. Especialistas alertam que pressa e desatenção podem provocar acidentes graves

Publicação: 05/10/2012 06:00 Atualização: 05/10/2012 06:43
Na Praça Sete e travessias para pedestres nas avenidas Afonso Pena e Amazonas muitas pessoas andam sem prestar atenção e com pressa, e o resultado são muitas trombadas, o tempo todo (Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Na Praça Sete e travessias para pedestres nas avenidas Afonso Pena e Amazonas muitas pessoas andam sem prestar atenção e com pressa, e o resultado são muitas trombadas, o tempo todo
Patrícia Maria Gomes Mayrink Pinto, de 54 anos, é uma pessoa desastrada. Por várias vezes bateu a perna no pé da cama, nos móveis de casa ou do trabalho. O lugar preferido é a cozinha. “Vivo esbarrando e derrubando tudo.” Mas foi na rua, andando distraída, que ela correu o maior risco. Atravessando fora da faixa para pedestres na região hospitalar de Belo Horizonte, ela bateu de cara com uma senhora. A pancada foi tão forte que elas caíram no chão. “Quando me dei conta, dezenas de pessoas estavam ao nosso redor nos ajudando a levantar porque corríamos o risco de ser atropeladas. Saí andando completamente tonta”, contou ela, que é coordenadora de gestão estratégica. Patrícia não é a única destrambelhada que anda por aí. Por dia, o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII atende pelo menos três casos de pessoas que trombam em outras, em um animal ou objetivo fixo. 

A distração, pressa e mesmo falta de coordenação motora geraram mais de mil atendimentos no hospital em 2011. Só até setembro deste ano, 824 pessoas foram parar no João XXIII por colisões. Para a coordenadora de gestão, a topada no meio da rua serviu para mudar seus hábitos. Agora, ela se organiza para não fazer nada com pressa e não se arrisca a andar e mexer no celular ao mesmo tempo. “Já tentei passar mensagem e ligar enquanto estava caminhando na rua, mas vi que não dava conta. Então desisti. Quando preciso olhar algo no celular, paro e olho com calma”, diz.

Mas nem todo mundo assume essa dificuldade. A razão disso, explica o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais, Francisco Nogueira, é o corre-corre. “Nos dias de hoje tudo acontece muito rápido. As pessoas têm pressa para tudo porque têm muitas cobranças de ordem financeira e profissional”, explica. Com tantos compromissos, o nível de distração aumenta, segundo o médico. “As pessoas estão todo o tempo pensando em mil coisas e ficam desatentas.” 

O celular e todos os equipamentos eletrônicos atuais ajudam a aumentar a distração durante o deslocamento. Usados em lugares muito cheios, como no Centro da cidade, a situação se agrava. “Nas regiões mais movimentadas, é comum as pessoas se esbarrarem, principalmente por conta da correria e da falta de atenção gerada pelo uso de telefones celulares, iPhones ou aparelhos de música enquanto caminham”, afirma Nogueira.

Muita calma
A recomendação do médico para não entrar nas estatística é simples de ser seguida, mas desafiadora. Segundo ele, é preciso planejar melhor o dia e levar a vida com mais calma. Atenção nos deslocamentos nunca é demais, segundo ele. “Ninguém precisa andar neurado, mas estar atento ao que se passa ao redor é essencial.” 

Raramente essas batidas causam traumas graves, mas, alerta o especialista, elas podem ocorrer sim. “Geralmente quem se acidenta dessa forma sofre um ferimento leve, como um pequeno corte. Mas há casos até de fraturas e se a pessoa cai e bate a cabeça pode ter um problema maior, como um traumatismo craniano”, explica. 


PALAVRA DE ESPECIALISTA
Hérika Sadi, Coordenadora do laboratório de Análise do Comportamento da Universidade Fumec
“Falta foco e atenção”
“Existem algumas atividades que podem ser feitas em paralelo, mas outras de maior complexidade, exigem atenção focada e exclusiva. Atualmente, as pessoas não dão conta de ficar ociosas. Estão o tempo todo ligando para alguém, acessando as redes sociais e trocando mensagens de celular, inclusive enquanto estão andando. Em alguns casos, patologias ou problemas de desenvolvimento psicomotor podem ser observados, mas de modo geral, a distração é provocada pela falta de foco e atenção naquilo que se está fazendo.” 

Números
386
pessoas bateram contra outras e foram parar no hospital em 2011

697
pessoas trombaram em um animal ou objeto e precisaram de atendimento em 2011

308
pessoas colidiram com outras até setembro de 2012

516
bateram em animais ou objetos no mesmo período e foram para o João XXIII

 

Traficante Roni Peixoto chega a Belo Horizonte sob forte esquema de segurança


Ele se refugiou em Goiás depois de fugir do estado ao ser beneficiado com a saída diurna da cadeia

Publicação: 04/10/2012 19:50 Atualização: 04/10/2012 23:24
Roni desembarcou no aeroporto da Pampulha, em BH, sob forte esquema de segurança (Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Roni desembarcou no aeroporto da Pampulha, em BH, sob forte esquema de segurança


Mais de um ano depois de desaparecer, o traficante Roni Peixoto de Souza, de 41 anos, está de volta a Minas Gerais. Condenado a mais de 30 anos de prisão, ele fugiu em julho do ano passado aproveitando o benefício do regime semi-aberto concedido pela Justiça. Ele desembarcou por volta das 19h no aeroporto da Pampulha, em BH, depois de ser recapturado em Goiânia, capital de Goiás, onde havia se escondido. 

Roni, conhecido como Gordo, é apontado pela polícia como braço direito de Fernandinho Beira-Mar. Ele chegou a comandar o tráfico na Pedreira Prado Lopes, na capital mineira, onde, segundo levantamentos da polícia, chegava a faturar cerca de R$ 50 mil por dia com a venda de drogas. Para a polícia, atualmente ele atuava intermediando o repasse de drogas de traficantes de países vizinhos para grandes traficantes brasileiros.

Um forte esquema policial foi montado para escoltar a chegada de Roni a BH. Seis viaturas da Polícia Civil e o helicóptero da corporação acompanharam todo o trajeto entre o aeroporto e a sede do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH, onde ele foi apresentado à imprensa.

Prisão esperada

Roni está 10 kg mais magro em relação à época em que fugiu do estado (Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Roni está 10 kg mais magro em relação à época em que fugiu do estado
Na presença de jornalistas, Roni revelou que já esperava ser recapturado. “É justo porque eu devo. Uma hora eu tinha que pagar. Sabia que ia ser preso, era questão de tempo. Se você deve à Justiça, uma hora vai ter de pagar”, disse sem demonstrar contrangimento. Ele se irritou quando lhe pergutaram sobre o possível interesse em retomar o controle do tráfico na capital mineira. Ele afirmou ser vítima de um conluio, se dizendo bode espiatório. Além disso, afirmou que jamais teve qualquer contato com Ferrnandinho Beira-Mar.

Do Deoesp, Roni foi levado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde passaria a noite. Nesta sexta-feira será definido onde ele ficará recluso. De acordo com o subsecretário de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social, Robson Lucas da Silva, Roni deverá permanecer preso em uma unidade de segurança máxima de Minas Gerais. Entretanto, disse que não foi descartada a possivilidade de enviá-lo a um presídio federal. “Não temos receio de mantê-lo aqui”, afirmou, Silva, ratificando que o estado tem condições de segurança para garantir a manutenção de Roni preso.

Refúgio goiano


De acordo com o delegado Wanderson Gomes da Silva, chefe do Grupo de Combate às Organizações Criminosas da Polícia Civil, desde o sumiço de Roni os investigadores tentavam descobrir algum rastro do seu paradeiro. Há dois meses perceberam que pessoas próximas ao traficante, ligadas ao mundo do tráfico, estavam transferindo veículos emplacados em Minas Gerais para o estado de Goiás. Foi esta a pista que indicou a localização dele em Goiânia.

Para o delegado, os carros funcionavam como moeda de troca nas transações de Roni envolvendo a venda de drogas, além de funcionar como lavagem de dinheiro. O chefe da Divisão Antidrogas da Polícia Civil, delegado Márcio Lobato, afirmou que o traficante continuava atuando no comércio de drogas em Goiás, mas sem contato direto com o produto. 

Casa de alto padrão

Roni estava morando desde janeiro com a atual mulher e dois filhos em uma casa, cercada por muros altos cobertos com cercas elétrica e cortante, no Bairro Porto Seguro, próximo a um condomínio de luxo. O imóvel estava sendo monitorado por policiais civis desde o último domingo. Era preciso ter certeza de que o traficante estava lá para efetuar a prisão. Porém, ele havia sido submetido a um procedimento cirúrgico no olho, que o impedia de sair de casa. Foi a chegada da mulher dele, que estava em Belo Horizonte, que garantiu aos policiais cercar a casa e render o traficante.

Segundo o delegado Wanderson Silva, toda a área externa da casa era monitorada por câmeras de vigilância. No imóvel, nenhuma arma ou droga foi encontrada. Vizinhos relataram que raramente viam Roni sair de casa, apenas a mulher e as crianças eram vistas na rua. O traficante evitou qualquer contato com a vizinhança desde que se mudou para lá. Os moradores da rua também contaram aos policiais que há alguns meses o imóvel foi arrombado e muita coisa foi roubada de lá. No dia seguinte ao roubo, um caminhão parou na porta da casa e foram descarregados vários eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos que teriam sido levados pelos arrombadores.

Fuga


Em julho passado, Roni deixou a Penitenciária José Maria Alckmin, na Grande BH, beneficiado pela Justiça com o regime semi-aberto, que prevê a saída diurna e o regresso noturno. Os advogados do traficante apresentaram um pedido para que ele trabalhasse em um Centro Automotivo. No entanto, ele desapareceu. Na época, Justiça e o Ministério Público admitiram que os documentos apresentados pela defesa poderiam ser falsos. 

Ficha Criminal 


Roni atuava com traficante em toda Grande BH, mas tinha como principal reduto o Aglomerado da Pedreira Prado Lopes, Região Noroeste da capital. Além de traficante, é investigado por homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo e formação de quadrilha. É apontado pela polícia como um dos líderes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro com ramificações em Minas. Entre seus principais comparsas estão seu irmão Raimundo Peixoto de Souza e Luiz Fernando de Souza, o Fernandinho Beira-Mar. Roni encabeçava a lista do Procura-se, programa que consiste na divulgação de fotos e outras informações sobre os criminosos alvos através de cartazes, sites, redes sociais e a imprensa.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Durante comício em BH, Dilma diz que política mineira nunca foi "tão pequena"


A presidente discursou durante cerca de 25 minutos ressaltando os vínculos com Minas e com a capital, onde, segunda ela, aprendeu a dar os primeiros passos

Publicação: 03/10/2012 21:51 Atualização: 03/10/2012 23:10
Dilma disse que só deixou Belo Horizonte por causa das perseguições  (Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press)
Dilma disse que só deixou Belo Horizonte por causa das perseguições

"Não vim aqui falar mal de ninguém, só bem do Patrus". Esta foi a promessa da presidente Dilma Rousseff em seu discurso na noite desta quarta-feira, durante comício realizado pela coligação "Frente BH Popular" na Praça da Febem, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. No entanto, carregando no "mineirês", a madrinha de Patrus Ananias (PT) pediu licença e aproveitou parte dos 25 minutos no palanque para se defender dos ataques da oposição, criticando o atual cenário político de Minas Gerais. "Nunca antes no nosso estado a política foi tão pequena", disparou.

Durante sua fala, Dilma Rousseff ressaltou em diversos momentos que nasceu e cresceu em Minas Gerais, respondendo, sem citar nomes, à crítica feita pelo senador Aécio Neves (PSDB), principal padrinho da coligação "BH segue em frente", do atual prefeito Marcio Lacerda (PSB), que na última semana definiu a participação da presidente na campanha de Patrus como uma "interferência estrangeira". "Isto é mentira e eles não serão capazes de apagar minha certidão de nascimento, meus amigos e minha família", destacou a petista. "Quem ficar espalhando estas mentiras vai pagar com a língua", completou.

Dilma ainda fez questão de lembrar que deixou Belo Horizonte e mudou-se para o Rio Grande do Sul por causa da perseguição no período da ditadura e não para "tirar férias". "Na minha veia corre o sangue de Minas e é por que corre o sangue de Minas que sou capaz de ser presidente de todos os brasileiros", afirmou, inflamando os três mil militantes que compareceram ao local. Ela ainda completou dizendo ter "orgulho de ser mineira".

Com a voz bastante firme, e usando frases como "vou dizer procês", Dilma disse que os adversários não têm o direito de determinar quem é ou não é mineiro. "Ninguém pode achar que é dono de Belo Horizonte, de Minas Gerais. Se vocês aceitarem que essas pessoas se dêem o direito de chamar quem é daqui de Minas de estrangeiro, vocês vão acordar e só vai ter um mineiro que é ele. Não vai ter mais ninguém", cutucou.

Além da presidente, também subiram ao palanque e assumiram o microfone o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB); o presidente do PSD, Paulo Simão; o presidente municipal do PMDB, Leonardo Quintão; o vice-prefeito de Belo Horizonte e presidente do PT na cidade, Roberto Carvalho; o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT); o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Nilmário Miranda; além de Patrus Ananias (PT) e seu vice, Aloísio Vasconcelos (PMDB).

Metrô
A petista ainda rebateu o que, segundo ela, "é mentira da grossa", sobre o não envio de recursos do governo federal para as obras do metrô da capital. "O governo federal, do orçamento dele, tirou do bolso dele, não é financiamento, botou R$ 1 bilhão, fora o financiamento", disse. Sobre o repasse de recursos para obras no Anel Rodoviário, a presidente disse que vai exigir a contrapartida de assentar as pessoas que moram atualmente às margens da rodovia.

Patrus


Agradecido pelas presenças de Dilma e do vice-presidente Michel Temer (PMDB), o ex-ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT), aproveitou sua fala para ressaltar o apoio e dizer que a presidente era bem vinda a "sua cidade". "Não é qualquer campanha que traz a Belo Horizonte a belo-horizontina e mineira, presidenta da república, e um paulista de dimensão nacional que é o vice-presidente, Michel Temer", disse, chamando a militância para convencer as pessoas das diferenças entre as duas campanhas.

Patrus voltou a ressaltar que quando foi prefeito não recebeu recursos do governo federal, a não ser os repasses previstos na constituição para saúde e educação. Segundo ele, atualmente o governo federal repassa cerca de R$ 34 bilhões para o estado e que desse total, a capital fica com R$ 3 bilhões e que "muitas vezes não são aplicados".

Royalties da mineração

A presidente Dilma aproveitou o discurso para esclarecer o veto à Medida Provisória 563 que alterava as regras para a cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), tributo pago pelas empresas mineradoras aos municípios, estados e à União. Segundo ela, o projeto apresentava falhas e as empresas poderiam entrar na Justiça e com a anulação não haveria nenhum pagamento, por isso o veto. Dilma anunciou que vai fazer a "Lei da Mineração". Conforme a presidente, na nova lei, as empresas vão pagar royalties de minério nos mesmos moldes dos royalties do petróleo, aumentando o repasse de recursos. "Não há hipótese de não colocarmos para o Congresso uma lei de mineração", prometeu.

Médicos planejam boicote aos planos de saúde


Publicação: 04/10/2012 06:00 Atualização: 04/10/2012 06:52
Brasília – Os beneficiários de planos de saúde devem ter novas dores de cabeça na utilização dos convênios. Já prejudicados pela dificuldade de agendamento de consultas e a falta de estrutura dos planos — o que levou à suspensão da comercialização de 301 deles determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na terça-feira —, os consumidores podem ter os convênios recusados pelos médicos. Os profissionais de todo o país devem suspender os atendimentos vinculados aos planos de assistência médica entre os dias 10 e 25, como protesto pela inadimplência e abusos das operadoras e seguros de saúde. Em Minas, a suspensão do atendimento vai vigorar entre os dias 10 e 18. Nesse período serão feitos apenas atendimentos de urgência e emergência. Pacientes com consultas marcadas serão previamente informados da suspensão do atendimento, podendo ter os procedimentos reagendados.

A decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de aumentar a pressão sobre os planos de saúde para evitar irregularidades no agendamento de consultas e exames ainda não é suficiente para botar ordem na casa e barrar as dores de cabeça a que são expostos, diariamente, os consumidores. Mesmo tendo suspendido 301 convênios administrados por 38 operadoras na terça-feira, a medida não resolve os problemas estruturais do setor, sobrecarregado e com uma rede de atendimento precária.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Corpo de sargento morto com tiro acidental é enterrado em Caratinga


O PM que era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), foi baleado no abdome quando manuseava o armamento no banheiro de um centro de compras em BH


 (Reproducao internet/Arquivo Pessoal )
Um disparo acidental da própria arma, uma pistola calibre 380, tirou a vida de um sargento da Polícia Militar. Galeno Carlos Miguel de Souza, de 32 anos, que era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE), foi baleado no abdome quando manuseava o armamento ao usar o banheiro de um centro de compras no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital, na segunda-feira à noite. O policial, de acordo com a corporação, estava de folga e fazia compras com a mulher e o cunhado quando o acidente aconteceu.

Galeno chegou a ser socorrido em estado grave e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por uma cirurgia. Ele, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu no início da madrugada de terça-feira. Militares do 5º Batalhão encontraram o sargento ainda com vida e consciente. Ele mesmo teria explicado como o acidente aconteceu. Ao tirar a arma da cintura para usar o banheiro, o equipamento, que é de uso particular, caiu no chão. Com o impacto, a pistola disparou contra o corpo dele. O policial estava sozinho nessa hora mas, em seguida, um funcionário do centro de compras entrou no local e o encontrou ferido no chão.
A perícia foi acionada, mas não realizou o trabalho, já que o PM foi socorrido e o local não foi preservado. A Polícia Civil trata o caso como autolesão e nos próximos dias deve ouvir funcionários do centro de compras e familiares do sargento. Os exames de necropsia realizados são aguardados para confirmar se a morte aconteceu mesmo em função de um acidente. A arma foi recolhida.

O militar trabalhava há dois anos no Batalhão de Eventos, era casado e não tinha filhos. Abalados, os familiares que foram ao IML liberar o corpo não quiseram conversar com a imprensa. Galeno foi levado na tarde de terça-feira para Caratinga, no Vale do Rio Doce, onde é enterrado na manhã de hoje no Cemitério São João Batista.