vejam a pose dos parlamentares: pastor Henrique braga, Vereadora Neusinha
Vereadores fazem deboche após perder reajuste salarial Um dia depois de não conseguir derrubar o veto do prefeito ao aumento nos seus salários,vereadores são flagrados em conversa de tom irônico sobre a vitória da pressão popular Juliana Cipriani - Amanda Almeida Publicação: 11/02/2012 06:00 Atualização: 11/02/2012 07:16 A ressaca da votação do veto do Executivo ao aumento de 61,8% que seria concedido aos vereadores de Belo Horizonte tomou conta nessa sexta-feira da Câmara Municipal e teve direito a um flagra. Um grupo de parlamentares foi filmado da galeria comentando, em tom de deboche, a manutenção da decisão conquistada por pressão popular. Divulgada na internet, a gravação começa com as vereadoras Neusinha Santos (PT) e Elaine Matosinhos (PTB) ironizando o colega Leonardo Mattos (PV), único que defendeu publicamente a derrubada do veto. Saiba mais... Vereadores de BH mantêm veto a reajuste salarial de 61,8% "Você é o herói, tá?", diz Neusinha apontando para Mattos. A colega Elaine Matozinhos emenda: "Alguma coisa de bom tinha que sair daqui". Em seguida, gesticulando e simulando um discurso, Neusinha continua dizendo aos colegas: "O prefeito vetou e a gente teve que manter o veto dele sob pressão popular". Leonardo Matos responde à provocação dizendo que fez "tudo planejado" e contabilizando os ganhos. "A turma vai dividir o ódio de 80% do eleitor, mas eu vou ganhar o elogio de 20% exclusivamente, porque 20% da população concorda comigo", afirmou. Na sequência, o vereador Henrique Braga (PSDB) solta: "Cambada de sem-vergonha", enquanto Neusinha diz que, se Deus ajudar, voltará a ocupar o cargo na Câmara. Braga, que chegou a dizer que tinha vergonha do seu salário, responde: "Pois eu vou voltar para cá. Nunca trabalhei tanto numa campanha igual vou trabalhar para me reeleger". A conversa é interrompida quando os vereadores percebem que estão sendo filmados da galeria e perguntam de quem é a câmera. Ao contrário da reunião do dia anterior, em que ficaram três horas e meia discutindo para votar o veto ao reajuste, os vereadores não se manifestaram na tribuna nessa sexta-feira. A sessão mal foi aberta e pediram verificação de quórum, encerrando os trabalhos sem nem fazer o tradicional pinga-fogo, em que discutem assuntos do dia. Bom senso? Com o bolso cheio desde 2011, quando tiveram os mesmos criticados 61,8% de reajuste, passando seus vencimentos de R$ 12.384,07 para R$ 20.041,14, alguns deputados estaduais usaram seus perfis em redes sociais nessa sexta-feira para comemorar o infortúnio dos vereadores da capital. Curiosamente, veio de dois ex-integrantes da Câmara a iniciativa das comemorações. O deputado estadual Fred Costa (PHS) postou, pouco depois da confirmação de que o veto do prefeito tinha sido mantido: "Para quem ainda não sabe: a voz da opinião pública foi ouvida e ecoou pela Câmara Municipal de BH. Foi mantido o veto ao aumento salarial". Da colega de Assembleia e ex-presidente do Legislativo municipal Luzia Ferreira (PPS), veio outro comentário: "Bom senso: 21 vereadores mantiveram o veto do prefeito ao projeto de reajuste salarial". O deputado estadual Durval Ângelo (PT) reproduziu a mensagem de Fred Costa e outra de um assessor de vereador que informava: "Deputado, a Câmara de BH está vivendo um momento histórico. O povo vence". Durval copiou a mensagem e teceu sua avaliação: "Parabéns". O aumento de 61,8% dos deputados estaduais, efeito cascata do reajuste dos federais, vigora desde fevereiro de 2011 sem alarde. É que, diferentemente dos vereadores, que precisam votar o salário da próxima legislatura, o deles é automático por força da Lei Estadual 14.584/03. Os deputados estaduais fazem jus a 75% do que ganham os deputados federais. Também ganham dois salários adicionais como auxílio-paletó, 13º salário, R$ 2.250 de auxílio-moradia e verba indenizatória de R$ 20 mil.
Vai votar de novo neles?
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