terça-feira, 10 de julho de 2012

Vereadores mudam o discurso pensando nas eleições. Não somos bobos, temos que mudar, hoje vereadores esqueceram do povo, querem somente aumentar suas rendas. Vamos mudar já.


Publicação: 10/07/2012 06:00 Atualização: 10/07/2012 06:37

O único parlamentar petista que manteve a defesa do prefeito Marcio Lacerda no plenário da Câmara de BH foi Tarcísio Caixeta (C)
 (Leandro Couri/EM/D.A PRESS - 6/7/12)
O único parlamentar petista que manteve a defesa do prefeito Marcio Lacerda no plenário da Câmara de BH foi Tarcísio Caixeta (C)


A primeira reunião na Câmara Municipal de Belo Horizonte depois do início da campanha eleitoral deu o tom de como será o embate no Legislativo da capital mineira a partir de agosto, quando os parlamentares retornam do recesso. Mudanças de discursos e posicionamentos, além de elogios aos candidatos da chapa majoritária e bate-boca entre os vereadores, marcaram a reunião extraordinária dessa segunda-feira . Os petistas intensificaram as críticas ao prefeito Marcio Lacerda (PSB), que aspira à reeleição. Já o PV, que havia há algumas semanas decretado uma batalha contra o Executivo, recuou. O vereador Sérgio Fernando (PV) chegou até mesmo a fazer elogios a projetos da prefeitura antes desqualificados por ele. O parlamentar é do partido do deputado estadual Délio Malheiros (PV), que havia lançado candidatura própria e, da noite para o dia, se tornou o candidato a vice na chapa encabeçada pelo PSB. 

Logo que a reunião extraordinária foi aberta os vereadores do PT, Arnaldo Godoy, Neusinha Santos e Adriano Ventura deram o pontapé inicial da campanha no Legislativo belo-horizontino. “Romper com o PT foi uma escolha do prefeito. Ele anunciou a sua escolha nas eleições de 2014”, observou Godoy. “Eu gostaria de desejar uma boa campanha a Marcio Lacerda e dizer: não vai ser fácil”, acrescentou Adriano. O único petista que continuou na defesa do prefeito ontem foi Tarcísio Caixeta. Mesmo depois do rompimento da aliança com o PSB, Caixeta não deixou a liderança do governo. “Defendi todos os projetos da prefeitura, estou terminando de encaminhá-los. Só vou conversar com vocês depois de falar com o prefeito”, disse depois de questionado sobre a sua saída do cargo.
O embate entre os defensores de Lacerda e de Patrus Ananias ficou mais explícito durante a votação do projeto que prevê a construção do Centro de Convenções, o de maior interesse do Executivo na pauta. O vereador Sérgio Fernando, na última reunião extraordinária, chegou a fazer várias críticas à proposta e, inclusive, foi o responsável por atrasar a votação da matéria. Ontem, entretanto, seu discurso era outro. Ele disse que se convenceu de que a proposta não terá impacto ambiental. “O projeto é bom e eu vou encaminhar pelo sim”, declarou seu voto. A matéria recebeu 31 votos favoráveis, um contrário – do vereador Iran Barbosa – e duas abstenções, registradas pelos vereadores Arnaldo Godoy e Neusinha Santos. Eles alegaram que não fazia sentido votar a proposta já que o empreendimento não poderá ser construído este ano. Outras seis propostas da prefeitura foram aprovadas. 

Os vereadores do PMDB, apesar de estarem na aliança em torno da candidatura de Patrus, não mudaram de comportamento no Legislativo e continuam a assumir posições diversas. O vereador Geraldo Félix (PMDB) declarou no plenário que vai permanecer do lado de Lacerda. 

Rua e voto (ABSURDO)

A proposta que prevê a venda de uma rua ocupada pelo Olympico Clube, de autoria do presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), localizado na Serra, na Zona Sul, foi aprovado ontem, por unanimidade, em segundo turno. Na área que o vereador quer vender foi construída uma quadra e uma portaria de acesso ao clube. O trecho estava previsto no Projeto de Lei 1.698/2011, de autoria do Executivo, que foi suspenso de tramitação. Esse trecho chegou, inclusive, a ser muito criticado. Representantes do clube acompanharam as votações e a aprovação da matéria acabou virando palanque para os vereadores assim como o ato de promulgação da lei que prevê o fim do voto secreto realizado ontem antes do início da reunião extraordinária

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