quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Eleição é jogo de cartas marcadas, diz candidato Pedro Paulo - o Pepê - do PCO, esteve na redação do Super Notícia, onde falou sobre a sua candidatura.



Publicado no Super Notícia em 03/10/2012
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FOTO: DANIEL PROTZNER
Candidato esteve na redação do Super Notícia
Parece que você é um candidato diferenciado, que tem outras intenções nessa candidatura. É isso mesmo? É, a nossa candidatura é uma candidatura de protesto. Nós utilizamos esse tempo final organizando a greve dos trabalhadores dos Correios. Nós entendemos as eleições como um jogo de cartas marcadas e procuramos, nesse sentido, abrir um conjunto de discussões, de denúncias e expôr um programa da classe trabalhadora.

O que você chama de eleição de cartas marcadas? As eleições estão marcadas pelo domínio que hegemoniza todas as oligarquias, então, os candidatos que estão dentro do processo para ganhar as eleições são marionetes dessas oligarquias. São pessoas que recebem verbas para lutar por um programa político dos patrões. Embora a televisão seja uma concessão pública, você vê que os candidatos, não só eu, como a Vanessa Portugal, o Tadeu Martins, por não termos deputados federais, somos cerceados de participar dos debates. É uma aberração democrática.

O PCO tem uma propaganda em que os dirigentes falam que a eleição é uma farsa. Como lançar um candidato? Há uma contradição? Não, é uma contradição. Nós esclarecemos, dentro do espaço permitido, que é mínimo, que há uma farsa por ele, justamente, não ser igual para todos. As eleições já estão meio que organizadas para serem eleitos os candidatos do PT, do PMDB e do PSDB. Enquanto eles são do Executivo ou do Legislativo, já ficam todos eles com o tempo na imprensa escrita, televisiva e falada, os demais têm apenas três meses.

Mais do que chegar à prefeitura está por trás a divulgação institucional do partido? Nosso objetivo é fazer a discussão ideológica. Levar um programa da classe trabalhadora. Por exemplo, um salário mínimo de R$ 2.700, que devolveria ao trabalhador o poder de compra. Todas essas medidas que o trabalhador não tem direito, essas questões democráticas. O direito das mulheres é outra questão. O direito da juventude de ter acesso à universidade sem passar pelo filtro do vestibular. Procuramos propagandear essas posições de conotação ideológica.

Em toda pesquisa você aparece como o candidato que tem o maior índice de rejeição. Como você recebe isso? É uma ironia, né? Na verdade, isso é uma gozação de alguns redatores da imprensa que, a mando do Lacerda ou do Patrus, fazem isso. Porque, se minha candidatura é totalmente desconhecida, como sou o recordista em rejeição? É uma contradição. Segundo: se eu tenho 1%, não poderia ter 34% de rejeição. Eu imagino que se preocupam muito com nosso programa, que é um programa para discutir um partido do futuro, que é um partido operário revolucionário. Esse é o nosso propósito. Como nós somos pequenos, eles tentam matar o negócio no nascedouro, coisa que não vai acontecer.

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